QUEM É QUE ESTÁ NO COLO DO REITOR ?

QUEM É QUE ESTÁ NO COLO DO REITOR ?

 

Por Érico Massoli Ticianel – Administração

 

Nos conselhos universitários (CoUn: COPLAD e CEPE; CONCUR) , já com parca representação estudantil – 14%, sistematicamente os conselheiros discentes se ausentavam ao ponto de serem exonerados – a bendita oposição. Todas as decisões políticas da UFPR sem fiscalização ou mesmo contraposição dos estudantes. Deixar de explorar o bom trabalho realizado pelos técnicos ou mesmo por professores ainda que minoria, comprometidos com o futuro da Universidade pública e de qualidade, foi um erro imperdoável. Obviamente que a construção do movimento estudantil se dá nas salas de aulas, CEBs, Congressos e nas ruas. Mas furta-se as obrigações em que se foi eleito e não participar/fiscalizar dos conselhos que definem para onde será investido os mais de R$ 600 milhões da UFPR é uma grande irresponsabilidade.

É justo abandonar os processos estudantis e deixar de defendê-los em casos como o de jubilamento ou perseguição de professores ?

Ser contra os cursos de especializações privados da boca pra fora resolve ? Ou então, apenas sentar em cima do professo é responsável ou propositivo ?

Atualmente, pedir vistas desses processos se tornou pratica cotidiana. Emitir pareceres também. Por via da legalidade, percebemos quantos cursos foram arquivados, ou mesmo quanto de resarcimento a mais a UFPR teve em virtude de taxas inferiores até então declaradas. Mesmo assim, a posição de gestão sempre foi contra aos cursos pagos. Não acabamos com todos, mas inúmeras correções em favor da UFPR foram feitas. A luta contra os cursos pagos não se vence isolamente. Deve ser uma atuação integrada e de amplitude nacional. Até parecer contábil foi feito, ao ponto de no CONCUR, por exemplo, a representação discente ter maior conhecimento de causa que qualquer outro professor presente. Que pena que os estudantes são impedidos, por lei, de presidir sessões como a do CONCUR, comissões e etc, mesmo quando estão mais preparados.

 

Participação no Conselho de extensão

 

Por que a mais de 5 anos não havia participação estudantil no conselho de extensão ? Cansamos de ouvir pelos corredores que a extensão universitária é o patinho feio do tripé universitário, que é o meio de aproximar comunidade acadêmica da sociedade civil em busca do cumprimento das funções sociais da Universidade. Que grande incoerência da nossa querida oposição! Mãos a obra.

 

 

Bolsas Monitorias de Agrárias

 

Por uma ingerência no procedimento de definição das bolsas agrárias, todos os estudantes daquele setor ficaram desprovidos de bolsas acadêmicas que visam a formação acadêmica e pesquisa. Entretanto, com auxílio do CAALV – agronomia, o DCE em sessão do conselho universitário, com muita insistência, conquistou verba extra, R$ 50 mil, para a reposição dos bolsistas monitoria do setor.

Outras conquistas foram alcançadas: revisão do critério presencial para solicitar bolsas monitorias e participação estudantil nesses conselhos.

No ano de 2006, o mesmo problema aconteceu com o setor de Jurídicas, quando os estudantes daquele setor ficaram abandonados e sem bolsas monitorias. Caso tivesse havido representação discente nos conselhos superiores na gestão anterior, os estudantes de direito não teriam ¨pago o pato¨ e tampouco teria ocorrido problema similar no Setor de Agrárias em 2007.

*Érico Massoli Ticianel é estudante de administração,Coordenador Geral do DCE e Vice-presidente da União Paranaense dos estudantes.

 

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