Trabalho digno para todos

O filósofo Karl Marx, o pai do socialismo científico, se estivesse vivo, afirmaria categoricamente que suas pesquisas se concretizaram: o problema do proletariado e do mundo está intimamente ligado ao avanço do sistema capitalista. E o marco inicial desse drama foi anunciado no século XVIII com a primeira Revolução Industrial. Jornadas de trabalho extenuantes – até 18 horas/dia – exploração de mão de obra infantil, trabalho escravo, péssima remuneração e ausência de lei protetoras do direito básico do homem.

A partir das cinzas, (re)nasceram as organizações dos trabalhadores. Da especialização do trabalho, da produção em larga escala e do desenvolvimento abrupto de tecnologias de transportes e comunicação, associadas à ganância e à busca incessante pelo lucro, iniciou-se a luta dos trabalhadores. Desinstrumentalizar o trabalho e reverter a transformação do trabalhador em máquina seria um primeiro passo para o trabalhador deixar de ser refém dos patrões (ou da falta deles).

Para garantir dignidade no trabalho, faz-se necessário aprovar leis que freiem os impulsos capitalistas e desumanizadores. Gerar empregos a todos é uma forma exitosa de externalizar o exército de reserva que desvaloriza os salários. No entanto, é imprescindível uma educação universal e de qualidade.

Reduzir a jornada de trabalho para 40 horas semanais (e em até 5 anos para 36h) também é fundamental, mas a resistência no Congresso Nacional vem postergando esse ganho real para todos os trabalhadores e famílias. Além de aumentar os postos de trabalho seria ampliado o tempo disponível para a família, educação, saúde, cultura e entretenimento.
Outro problema corrente – a escravidão – que fere frontalmente a declaração universal dos direitos humanos, ganha sobrevida, no Brasil, devido à impunidade e o estratagema da bancada ruralista no Congresso Nacional, de obstruir a votação do projeto de lei que propõe a desapropriação de propriedades rurais e urbanas que se utilizem do trabalho escravo.

O processo da Globalização gerou grandes problemas e algumas (potenciais) soluções mas ainda não foi possível tirar proveito em prol da coletividade. Alinhar o trabalho com justiça social, direitos, deveres é um desafio que, se bem refletido, será alcançado. Não é de novas pesquisas que precisamos, mas sim de solidariedade e respeito para todos. As leis já foram formuladas faltando aprová-las e por em prática.

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