A notícia
No último dia 20 de Dezembro de 2007, os índios Lakota, uma tribo Sioux, os descendentes dos lutadores que agora são lendas, e fiéis a suas origens mantém o espírito guerreiro de seus ancestrais. Demonstraram sua força com a recém declarada independência dos EUA.
Segundo o ativista indígena Russeall Means, “já não somos cidadãos dos Estados Unidos e quem vive no território de cinco estados que compõem nosso país pode unir-se a nós.”
O motivo apontado pelos nativos é o reiterado incumprimento dos acordos firmados pelo Governo estadonidense, que remetem a mais de 150 anos.
Portanto, desde as últimas ações de independência, de forma unilateral mas legal, os índios informaram ao departamento de estado a decisão, e estão realizando desde então reuniões diplomáticas com a Bolívia, Chile, África do Sul e Venezuela.
Mais informações:
http://www.aporrea.org/internacionales/n106470.htmlJALLALLA!!!SARANTASKAKI
Opinião
Tais fatos, me fazem concluir que muito além de um movimento latino americano, a independência e a luta pela soberania indígena, alcança abrangência em todo o mundo. Enquanto a América Latina é sacudida por movimentos nacionalistas e populares, e para alguns apenas como “populistas”, que certos ou errados, buscam seus caminhos de forma autônoma, os estadunidenses também o fazem, mais exatamente os Lakotas.
O poderio econômico/militar foi um grande argumento para os EUA se aventurarem em empreitadas genocidas, belicistas, golpistas nos variados países latino americanos. E agora José ? Nós Sul-americanos, sempre fomos tido como o quintal da maior potência do mundo. Estamos tentando apagar essa história ao custo de muitas vidas e lutas.
Por fim, muito sintomático poder confirmar mais uma vez de que lado a grande mídia samba. Afinal, fatos tão excepcionais se quer tiveram uma notinha nos noticiários globalizados. Nada que a Inernet não posso driblar. Deve ser por que em breve, todos os Lakotas se “auto aniquilarão”, ou melhor, serão obrigados a suicidar-se. Só pode ser isso mesmo!
Os originários de Lakota podem não durar muito tempo, mas fica provado que o maior império do mundo tem um grande “calcanhar de Aquiles”. E não se chama Iraque ou Osama Bin Laden. Acho que vou dormir muito bem hoje!
O que a história diz ?
Os conquistadores chegaram pelo Atlântico, no Leste. Dizem que levaram trezentos anos para empreender a Marcha para o Oeste, em busca de terras, ouro e peles de búfalo. No ano de 1806, o ouro de Minas Gerais, Mato Grosso (terra querida!) e Goiás, no Brasil, já se havia esgotado. Portanto, a revolução industrial estava garantida e consolidada. A corrida do ouro nos Estados Unidos começou em 1849. Os conquistadores portugueses e espanhóis já haviam vasculhado a América do Sul e Central, catando metais preciosos, quando a história de “triunfo e tragédia” do oeste norte-americano começou.
Triunfo e tragédia, realmente. Triunfo pela implantação da ferrovia e de colonos agricultores e pecuaristas numa vastíssima região; tragédia pela expropriação e matança dos povos nativos. Os capítulos da história falam de protagonistas dos acontecimentos, de aventuras, mitos, ecossistemas, migrações, povos nativos, hispânicos, asiáticos, afro-americanos, europeus, contam como foi o povoamento, a distribuição de terras (eram doadas, mas os colonos tinham de produzir nelas por cinco anos), narram a resistência dos índios (que nos habituamos a ver nos filmes de faroeste como os bandidos da história, os malvados, assim como Allende, Chavez e Evo), mostram montanhas de ossadas de búfalos, chocante “brother”!
Lembremos que a história brasileira de conquista do oeste não é menos fantástica. Tivemos grandiosas lutas de conquistadores contra povos nativos. Uma história em tanto jamais contada no cinema, como foi o norte-americano. O “gentio paiaguá”, como eram chamados pelos portugueses os índios da região pantaneira, lutando em canoas, das quais eram exímios pilotos. Índios lutando a cavalo, exímios cavaleiros. A descoberta de ouro. “Fudeu meu irmão!” Estabelecimento de fronteiras. Implantação de fazendas. As dramáticas passagens por cachoeiras. A ferrovia fracassada. Tudo isso está descrito em documentos escritos pelos participantes, existentes nos arquivos do governo de Mato Grosso.
Por que não desenvolvemos aqui um projeto para uma série como esta, numa parceria de organizações não governamentais com os ministérios da Educação e da Cultura e secretarias da Cultura dos Estados envolvidos?Para quem conhece os documentos, a história é fascinante.
Não se preocupem! É apenas mais uma indagação bairrista de um Mato grossense inconformado.