Se já não bastasse a demagogia, falta de propostas e conteúdo da maioria dos candidatos nas eleições municipais, nos confrontamos com oportunismos baratos como a do candidato reeleito à prefeitura de Curitiba, Beto Richa. Mal deu tempo para as ruas da capital serem limpas pela enxurrada de “santinhos”, imediatamente 1 dia depois das eleições e semanas seguintes, recomeçaram os transtornos na região central da cidade. Passado esse período “esponja”, amorfo e de grandes propostas mirabolantes, em que os candidatos buscam a qualquer custo agradar os eleitores e garantir seu votinho na urna, retomou-se as obras “indispensáveis”: ruas e tubos fechados de forma arbitrária e sem aviso prévio aos usuários; caos, bagunça e confusão se misturam no centro da “cidade modelo”.
O que mais tem feito o sr. prefeito é recapear ruas e seus canteiros de obras, enquanto escolas, creches e moradias populares estão caindo aos pedaços. Eis que a prioridade em nossa cidade são os carros ao invés dos cidadãos. Os carros possuem maior atenção do que as pessoas. As políticas públicas beneficiam a sociedade do consumo, supérfluo, em rodas, do desrespeito ao pedestre, que estimulam a poluição, o sedentarismo e por consequência tentam “enquadrar” as dezenas de milhares de motoristas, através da INDÚSTRIA DA MULTA, nos moldes do trânsito exemplar. Insustentável! Prioriza-se a repressão e exploração econômica do condutor, à políticas preventivas e educativas do transito local.
Pelo fato de *Curitiba ser a capital com o maior número de carros por habitantes no Brasil, não há alternativa senão diminuir as unidades de carro, com políticas claras para o fomento do transporte coletivo, que beneficiem ciclistas e pedestres. Mas não, o atual prefeito insiste em prometer metro, ampliação de ciclovias e favorecimento do transporte público no período eleitoral, para logo depois, rasgar tudo que disse, e assumir políticas individualistas e anti-humanas para o transporte, acariciando lobbistas, como empreiteiras e construtoras, indústria automobilística e a “INDÚSTRIA DA MULTA” na condução da política urbana de Curitiba. A prefeitura tucana insiste em fazer o caminho inverso: alargar ruas e avenidas ao invés de investir na qualidade do transporte público; punir motoristas com multas descabidas e sem critérios claros ao invés de desafogar o trânsito com políticas educativas e preventivas.
Eu mesmo fui vítima desse caos no centro da cidade: eis que na semana seguinte as eleições municipais, transitava pelo Av. Floriano Peixoto, e passando pelo cruzamento com a Av. Visconde de Guarapuava, devido as obras da prefeitura, o trânsito estava parado, amontoado, desorganizado, horas de espera; eis que no momento em que fiquei preso entre os cruzamentos das ruas, resolvi fazer a conversão a esquerda para não atrapalhar o trânsito da Guarapuava. Pois bem, foi aí que o “guardinha da Diretran” me multou por fazer conversão errada. Eis minha indignação: nenhum aviso prévio foi dado a nós cidadãos a respeito das obras, roteiro de obras, sem falar que todo o perímetro próximo estava mal organizado, zoneado. A prefeitura bagunça o trânsito no centro da cidade com obras mal sinalizadas, com filas, mas na hora de fiscalizar, a Diretran, tampouco tem bom senso e respeito com os condutores!
Quem deve pagar pela desorganização das obras no centro da cidade ? A população ou a prefeitura ?
Qual o total do dinheiro arrecadado com as multas no trânsito ? Pra onde vai o dinheiro das multas ?
Industria das Multas
Terça Feira,20/01/2010 por volta das 14:30 em Curitiba, estava atravessando a pé a via rápida Santa Candida sentido Centro bem na esquina da Rua São Pedro onde tinha um “agente de trânsito” (leia-se DIRETRAN) caneteando sem brincadeira nenhuma uns 20 veículos por minuto. O agente simplesmente anotava a placa e virava a folha do bloco. Como eu não tinha nada para fazer me posicionei atrás de uma árvore e fiquei observando aquilo por uns 10 minutos. Quando uma senhora que atavessava a Rua São Pedro percebeu que havia sido multada injustamente parou o veículo e foi perguntar por que foi multada e então eu também me aproximei.
Para nossa surpresa o agente disse que multou porque a senhora estava na pista da esquerda onde deveria obrigatoriamente entrar a esquerda e não seguir em frente. E que os demais veículos estavam sendo multados por fazer a conversão a esquerda sem ligar o pisca.
Então entrei na conversa e disse que estava observando o trabalho dele a algum tempo e que a senhora estava na segunda pista e não na pista da esquerda e que ele estava tirando multas indiscriminadamente. Para minha surpresa o “representante de arrecadação municipal” me chamou de palhaço, mandou a senhora procurar seus direitos e a multou novamente por ter parado em local proibido para vir reclamar.
Parabéns ao Prefeito Beto Richa, realmente ele sabe como obter uma boa arrecadação para o municipio. Com tantas multas assim porque é que ainda temos ruas sem asfaltos, esgoto a céu aberto e tantas outras deficiências na infraestrutura da nossa cidade. Deixo a pergunta, para onde esta indo o dinheiro da “arrecadação” ( leia-se roubalheira ) de multas?
Palavras Chave: multa, trânsito, Beto Richa, Curitiba, Diretran, URBS, Prefeitura Municipal de Curitiba, roubalheira
Gustavo.,
Esse seu relato é inacreditável….já sabemos da má fé dos agentes da Diretran mas isso aí é crime grave!!!
A indústria da multa é muito forte! Com ou sem razão a tendência é o cidadão sempre perder a “queda de braço”!
Que grande absurdo! Obrigado por compartilhar esse relato vergonhoso da Diretran!!
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Em Curitiba, a prefeitura calcula que as infrações registradas este ano podem render até R$ 59,5 milhões, valor que corresponde a 1,6% do orçamento da capital do Estado para 2010, que será de R$ 3,7 bilhões.
nos da sociedade em geral deveriamos organizar uma associacao para que seja feita uma auditoria,afim de sabermos para onde e como esta sendo investindo o dinheiro arrecadado com multas.Pois com o montante arrecadado daria no minimo para oferecer cursos GRATUITOS sobre educaçao no transito a fim de educar o cidadão.Queria ver qual deputado teria a coragem de levar esta questão para o senado.
no dia 15/03 2011 ás 13;50 fui notificado pelo agente da diretran estando eu na esquerda da av visconde de guarapuava aonde entrei na joaõ negrão e fui notificado por não conservar o veiculo na faixa destinada da para acreditar numa coisa dessa?aonde o infeliz queria que eu estivesse ? será que na faixa da direita para entrar a esquerda pelo amor de Deus tenha santa paciência agora vai o idiota aqui tentar um a defesa com a certeza de que naõ perderei para nossa ilustrissima industria das multas
deculpe com a certeza que perderei
No sábado de Carnaval estacionei no centro quase meio dia, o local que eu tinha que ir era ao lado e fechava ao meio dia. Realmente não coloquei cartão porque não encontrei agente na hora, havia um cartão usado no painel que esqueci de retirar. Quando voltei havia uma notificação de infração, aí encontrei a agente que falou que poderia regularizar no Setrans, ruas da cidadania ou acessar pelo site. Obviamente os espaços para regularizar estavam todos fechados durante o feriado prolongado, e como no aviso de infração diz que temos 05 dias corridos para regularizar, então tentei o site. Nas diversas vezes que acessei só dava mensagem de erro, de infração não localizada. Liguei no 156 e o próprio atendente tentou entrar no site e viu o erro no sistema. Registrei a reclamação e recebi como resposta que o site funcionou sem problemas durante o carnaval. Hoje recebi uma multa. Não estou me isentando da minha responsabilidade, apenas quero poder reparar. Eu trabalho na região metropolitana de Curitiba em horário comercial e não tenho quem possa passar na Setrans por mim em horário comercial, como tanto cidadãos trabalhadores. O horário de atendimento da Setrans é das 8:30 às 17:00 hs de segunda a sexta-feira, as ruas da cidadania até as 18:00 hs. Portanto quem trabalha em horário convencional, que é a maioria da população, não tem como ir. Também sugeri no 156 que os horários para regularização na Setrans sejam estendidos, e recebi como resposta que os horários são aqueles mesmos. Somos notificados de infrações até as 19:00 hs e aos sábados, então por que não podemos regularizar também nestes horários? Isso é uma indústria de multa, pois dificulta ao cidadão regularizar infrações. Repito, não estou me esquivando da minha responsabilidade, apenas quero ter condições de regularizar. Antigamente, os agentes vendiam os blocos de estar na rua e era possível resolver o problema imediatamente. Por que pararam de vender? Por que os horários de funcionamento da Setrans são tão restritos para o atendimento ao público e amplos para aplicar multas? É lógico, pra dificultar e impedir a regularização!!! Se isso não é indústria de multa, o que é então?