Ensaio sobre Carlos Castaneda
O que dizer de uma filosofia que oferece uma nova visão de Mundo? Uma filosofia que não tem nenhuma ligação com nada conhecido? Uma filosofia que se baseou na experiência dos feiticeiros indígenas da América mas que entendeu toda a complexidade do mundo moderno?
Esse é o desafio que os críticos brasileiros não souberam ou não quiseram aceitar. Pois a revelação de Don Juan e tão radicalmente nova que poucos tiveram a coragem de, publicamente, declarar seu amor por ela. Marília Pera, por exemplo, foi ridicularizada por usar alguns textos dos livros de Castaneda no seu show Feiticeira. A revista Veja divulgou uma entrevista de Castaneda, mais como “furo” de reportagem, por interesse comercial, do que por qualquer outra coisa.Assim mesmo o texto enquadra Castañeda como um autor tradicional (existe até uma comparação com Borges).
Os livros de Castaneda não são literatura. Basta ler todos eles para se chegar a essa conclusão. É a divulgação de uma revelação espiritual, a primeira revelação espiritual da América. O problema dos críticos que a maioria deles não entendeu direito a revolução cultural que começou na década passada. Tem gente que ainda acha que rock é uma barulheira, que todos tomam drogas para se alienar, que as pessoas deixam crescer os cabelos por problemas freudianos elementares, e que tudo não passou de uma moda que o sistema tratou de aproveitar.
Esses preconceitos é que impedem as pessoas de entender uma mensagem tão profunda como e a revelação de Don Juan para todos nós. Tudo isso é muito revelador, pois quem não acredita na revolução (ou não sabe como localizá-la ) acaba lutando contra ela.
A mistificação, principal denúncia dos críticos a Carlos Castaneda é a coisa mais combatida por Don Juan, durante todo o ensinamento. A luta toda de Don Juan, segundo o relatório de Castaneda, e fazê-lo libertar-se dos equívocos que séculos de civilização cristalizaram na sua cabeça. Isso é que dá o carater de revelação, pois todas as revelações espirituais que conhecemos querem mudar a percepção das pessoas, querem mudar seu sistema de valores mudando a maneira de viver das pessoas.
Não foi em vão que Cristo disse para os seus discípulos: “Deixa tudo, Vem e segue-me”. Cristo arrancava assim as pessoas de suas rotinas diárias e os iniciava nas coisas que essas rotinas adiam durante a vida toda. Levava-os para passear no deserto, atravessava os rios, ficar acordado à noite. Com isso Cristo fazia os discípulos mudarem a sua percepção de mundo, pois estavam sempre atentos, não sabiam o que iam comer, nem quando nem onde, seus pensamentos entravam em outra viagem, cheia de visões, de verdades, de premonições.
A filosofia oriental não age diferente. O guru esta sempre procurando despertar no seu discípulo uma nova percepção, pois a percepção normal está completamente embotada para a magia do universo. No fundo, a percepção normal é apenas o mais eficiente instrumento de poder. É através dela que um homem pode fazer o mesmo gesto até morrer, sem reclamar. É obstruindo a visão mágica do universo, que só vem através da atenção constante, que o poder escraviza os homens. E Cristo, Buda, Maomé e outros foram exatamente contra essa dominação, que se faz dentro da cabeça de cada um.
O que o poder fez com Cristo por exemplo? Chamou-o de Deus e encerrou o assunto. E mandou queimar todos aqueles que quiseram provar que qualquer um poderia fazer o que ele fez, como curar doentes, passear pelas águas, desaparecer. A perseguição aos bruxos (que ainda não acabou) é apenas uma disputa de poder, ou melhor, e a guerra sistemática do poder contra a libertação do espírito. Pois se as pessoas conseguirem voar por cima dos telhados quem é que vai ficar trabalhando oito horas por dia?
Naturalmente, esse tipo de raciocínio não pode ser levado a sério pela mentalidade oficial, apesar do lado prático do poder se encarregar de limpar o terreno, o desprezo e a ironia são apenas formas sofisticadas de repressão muito eficiente na nossa época de extrema manipulação psicológica. Além disso, o poder prefere não se preocupar com coisas tão radicais como pessoas saírem voando pela janela, pois confia exageradamente nas drogas permitidas, como a televisão, o automóvel, o álcool, etc. Todo esse enfoque ficou fora da cogitação dos críticos brasileiros tão preocupados com os modismos importados, sem se darem conta que os seus pretextos é que são modismos filosóficos vindos de fora. Pois, se não existissem preconceitos, todos aceitariam a idéia de que um desprezado índio yaqui , perdido num deserto, pudesse ter a clareza total sobre a vida do homem civilizado. E ainda mais: que propusesse uma forma de salvação individual e coletiva como única forma de romper com o círculo vicioso criado pela civilização nestes últimos milênios.
II
Mas do que trata a revelação de Don Juan exatamente? Trata da salvação do homem, como todas as outras revelações. Isto não quer dizer que ele “nasça perdido” por uma contingência natural, como quer a Igreja Católica com sua tese sobre o pecado original. Mas Don Juan admite que o homem nasça perdido por pertencer a civilização. E propõe a destruição da civilização de maneira original: destruindo a civilização dentro de nós. Isto é: não deixando que a percepção de mundo criado e manipulado pela civilização, por milénios de opressão, siga mantendo nosso estado de espírito de impotência, vazio, dor, loucura.
Ele propõe que o homem lute por essa destruição, de maneira simples: não tendo medo da morte, rompendo as rotinas, sendo permanentemente atento a tudo e, principalmente, não perdendo o sentimento de ligação.com a terra. Propõe também o fim de todas as obsessões. Algumas pessoas deixaram de ler o quarto livro, Porta para o Infinito, porque Don Juan aparece de terno. Esta é realmente sua maior lição. No momento em que Castaneda está totalmente convencido que ele é um índio, que se veste como índio e que jamais poderia viver na cidade, ou seja, quando a imagem de Don Juan vira um obsessão para ele, o bruxo aparece de terno para fazer Castaneda romper com ela. Para provar que “um homem de conhecimento” (aqui entramos no conceito específico de Don Juan) pode fazer o que quiser, desde que o faça com desprendimento, isto é , sem obsessão. Luís Carlos Maciel foi um dos jornalistas brasileiros que entenderam essa mensagem. Ele colocou na abertura do seu livro, Nova Consciência, a parte em que Don Juan explica a função do homem de conhecimento, que faz sua tarefa “impecavelmente” e quando a termina, se retira, sem remorsos nem dúvidas (fazer uma coisa impecavelmente é ter consciência da morte a cada momento e encarar cada instante da vida como “a última batalha sobre a terra”).
E qual a tarefa de Castaneda ? É divulgar a revelação. Nota-se um crescente domínio da linguagem de livro para livro. Muita gente desistiu de ler a Erva do Diabo, o primeiro livro, devido a, alguns defeitos, como a estruturação, a monotonia de algumas partes, em que Don Juan explica detalhadamente o uso das plantas. Aos poucos, conforme ia crescendo no conhecimento, Castaneda foi estruturando melhor os livros, sendo cada vez mais contundente. Uma Estranha Realidade ainda tem um pouco dos equívocos do primeiro livros, o que não acontece com Viagem a Ixtlan e Porta para o Infinito. Viagem a Ixtlan está recomendado para todos aqueles que desistiram nos primeiros passos da viagem, pois seus primeiros capítulos são absolutamente objetivos, equivalendo, cada um, a uma martelada. E Porta para o Infinito consegue ser o melhor de todos os livros de Castaneda, não só pela excelente narrativa, como pela divulgação da parte mais assombrosa e radical da revelação.
É quando Don Juan revela que homem não se divide em corpo e alma ou espírito e matéria. Ele propõe uma nova dualidade: o tonal e o nagual (pronúncia: naual) É preciso ter muito cuidado com definição de tonal e nagual, o mesmo cuidado que Don Juan teve ao explicar para Castaneda. Pode-se dizer que é através do nagual que o homem pode voar, se transformar em pássaro, enxergar as outras dimensões de universo. E que é através do tonal que o homem tem a percepção normal do universo, que se tornou obsessiva e anti-natural. Mas o tonal pode ser modificado para se chegar ao nagual sem ficar louco, sem entrar numa viagem sem fim.
III
Don Juan fala sempre em voltar. Isto é, viajar para outros mundos mas sem perder a noção deste mundo. Esse dado é muito importante, pois assim a revelação de Don Juan fica sendo uma resposta à altura que os jovens dos anos 60 procuravam. Fica sendo uma sistematização, um aprofundamento da revolução dos anos 60, quando a juventude partiu para uma profunda transformação dos valores. Essa transformação, através do rock, das drogas, era principalmente por uma nova percepção de mundo.
Mas as filosofias orientais não foram capazes de atender, de satisfazer totalmente aqueles que procuravam ir até o fim da revolução. Sintomaticamente, com Don Juan surge um método prático, ocidental, profundamente identificado com a nova mentalidade que está surgindo no Novo Mundo, para aprofundar essa revolução. Isto é: para que cada um siga seu destino mágico, que ninguém mais sofra com o sentimento de culpa, a vida dupla, o vazio, a monotonia, a loucura.
O “sonho” do anos 60 acabou quando os jovens viram que nada tinha mudado, pois a civilização estava intacta e, o que era pior, faturando em cima da revolução. Ao fazer essa constatação, Jonh Lennon voltou para velhos clichês revolucionários, que abandonou logo depois para voltar ás raízes do rock e fazer outros tipos de procura. Ao bater a cabeça contra o muro, Jonh Lennon se poderia recair no velho clichê da alienação. Esta é sua proposta na música Imagine: fazer as pessoas esquecerem que há países, guerras, fome, etc.
Mas não é isso que Don Juan propõe, é exatamente ao contrário: Ele quer que Castaneda, não se aliene e que abra os olhos para o universo. Não propõe a fuga do mundo. Ele quer que Castaneda enfrente o mundo com outros olhos, outras atividades. Ele quer que Castaneda faça com que a percepção imposta pelo poder desmorone a qualquer hora . Isto é: que não haja sonho mas abertura para outras realidades. Que não lamente nada (como faz Lennon em Imagine) e que seja mágico sempre. A contribuição mais importante de Don Juan para esta revolução é o uso consciente dos alucinógenos para romper com a visão normal de mundo, sem se viciar nos seus efeitos. Don Juam diz só os alucinógenos podem tirar o homem do seu marasmo sensorial, mas avisa que eles são só um impulso, que o mais importante é seguir a coisa sem nenhuma ajuda exterior. Cada um deverá cumprir seu próprio destino. E esse destino, inevitavelmente, será belo, mágico, grandioso, pois um homem que luta pelo conhecimento não ficará fora da verdade do universo.
Esta é a primeira revelação exclusivamente americana: foi feita por um homem que nasceu no Brasil para outro que nasceu na América do Sul e fez sua formação cultural nos Estados Unidos. Foi ter nascido na América do Sul que inclinou Castaneda para o estudo das plantas alucinógenas e foi ter estudado numa universidade importante que lhe deu condições para sistematizar a iniciação de Don Juan, de uma maneira que pudesse ser assimilada pelas pessoas civilizadas. Durante todo o aprendizado, Castaneda faz todas as perguntas que qualquer civilizado comum faria.
A proposta de salvação feita por Don Juan à humanidade é a contribuição espiritual do povo que se formou na América: sem vínculos, debochado, sincero e diretamente ligado em todas as nossas fraquezas e na maneira eficiente de superá-las e encontrar a salvação. É a proposta radical de um povo explorado. Don Juan diz que os feiticeiros índios saíram ganhando com a exploração européia pois se refugiaram no único lugar onde o homem branco jamais iria entrar: no nagual.
Se a revelação for encarada como uma religião (o termo é perigoso devido à experiência negativa das religiões) no seu verdadeiro sentido, de religar o homem ao universo, pode-se dizer que esta uma religião de batalha. Don Juan pede que as pessoas assumam a responsabilidade de viver num mundo maravilhoso. Pois ele não recebeu a luz do alto, como nas outras revelações, mas conquistou-a duramente depois de muita experiência, vivendo como índio explorado pelos brancos. Quem ensinou os segredos para Don Juan não era ninguém especial, era um feiticeiro, um homem.
A saúde de Don Juan não permitirá que ele seja sacralizado. Como endeusar um cara que diz bosta, fresco, gosta de tudo, não reprime nem propõe repressões, é debochado, sabe músicas mexicanas vulgares, investe na bolsa de valores? Don Juan não propõe o desvendamento do mistério (quem somos, de onde viemos, para onde vamos), mas a utilização dos mistérios para a felicidade. Jamais fala em Deus, mas nos poderes que governam o mundo.
Don Juan não acena com a vida eterna mais com a felicidade nesta vida, através de uma vigilância contínua e de um conhecimento claro sobre as coisas. E mesmo que as pessoas não queiram se aprofundar nas plantas alucinógenas, elas poderão praticar, por exemplo, os exercícios de dominar os sonhos (viajando através deles), como perder a importância própria (praticamente e não através do falso sentimento de “humildade”) e como conviver com sua morte. O medo da morte e o que levou o homem a construir o mundo de paranóia em que vivemos. Quanto mais a humanidade tentou se afastar de morte, isto é, quanto mais tentou ser imortal através da ciência, da repressão, da alienação, mais rodeado ficou dela, como provam os arsenais de guerra cultivados por todos os países do mundo.
A grande contribuição para o mundo ocidental é o método de Don Juan para cada um se libertar do complexo de culpa, do falado “pecado original” pregado pela Igreja católica, que e uma fonte cotidiana de dor e insatisfação. Dizendo que nada tem importância, Don Juan propõe uma forma eficiente de romper com o passado (todas as raças do mundo estão nas Américas, continentes sem vínculos com o passado, onde as coisas poderão surgir da realidade presente).
Dessa forma, ela aponta uma forma correta de todos renascerem. É a volta da inocência. Se cada um decide o que é importante (a tarefa do guerreiro), então o tudo está por ser feito. É o fim da transação mórbida com a morte, que é praticada por todas as religiões oficiais. A morte é uma coisa tão viva como escrever um livro e que está sempre a nossa esquerda, na distância de um braço. A qualquer momento ela poderá nos tocar. E pela primeira vez na história uma teoria diz que podemos ser perfeitos neste mundo, sem precisar morrer para alcançar esta perfeição
Um dos filósofos que mais se aproximam da revelação de Don Juan é Nietzsche. Ele se deu conta da importância do corpo para o conhecimento, concebeu a felicidade do homem através de uma filosofia além do bem e do mal, destacou a importância de se viver como um guerreiro, enfrentando a vida, não tendo limites de vôo e se relacionando de maneira aprofundada com a natureza. O problema de Nietzsche é que ele seguiu a tendência de um civilizado comum ao transformar todas essas iluminações em obsessões, dando importância exagerada aos seus sentimentos e ao desprezo pela civilização.
No fim, a filosofia de Nietzsche, que devia ser da saúde, fica também como uma coisa mórbida. Ficou muita pesada, obsessiva e irreal, apesar da dose de verdade contida nela. Irreal porque e impossível para nós viver como Zaratustra (mais um personagem literário de que uma pessoa real) mas é perfeitamente possível viver como um guerreiro. Além disso, Nietzsche não tinha a clareza de Don Juan, nem podia ter, pois era um civilizado, sem nenhum conhecimento das coisas misteriosas que os índios sabem e trouxeram até a nossa época.
VI
Estas são as razões que estão levando milhões de pessoas a comprarem os livros de Castaneda. É a vontade que todos tem de se encontrar, de se salvar e não a vontade que as pessoas tem de se alienar, de fugir da realidade, como pensam os críticos brasileiros. Estes é que estão com os olhos fechados para as coisas novas que estão surgindo no mundo. São estes é que estão procurando se alienar quando colocam ou procuram colocar as verdades simples numa prateleira, sem analisa-las, sem verificar suas causas. Essa alienação é um sentimento generalizado na imprensa, o medo do sistema pelas grandes transformações da humanidade, nessa época de transição social e cultural.
Pois estas pessoas não estão atentas a uma verdade: pela primeira vez na história da humanidade existe uma estrada real que poderá levar qualquer um à totalidade do ser. Se todos tomarem consciência que o verdadeiro par do ser humano não é o bem e o mal, espírito e matéria e sim o tonal e o nagual, a humanidade poderá finalmente partir para uma vida impecável (limpando o tonal) e fazendo viagens seguras ao nagual, aquela parte desconhecida do ser que não existe no céus mas na frente dos nossos olhos e dentro de nós.
Só dessa maneira, vivendo como um guerreiro, e chegando ao conhecimento através da totalidade do ser é que a humanidade poderá enfrentar os umbrais que se aproximam. É importante destacar aqui que Castaneda começou sua viagem através de um relacionamento com uma entidade da natureza (Mescalito, que existe dentro de peiote). Não seria essa a forma que a natureza encontrou de salvar o homem da auto-destruição? Não estaria a natureza ameaçada lembrando ao homem seu verdadeiro destino? Não seria essa a revelação que dá acesso ao poder para todas as pessoas?
Deve-se dizer, ainda, que Don Juan rompeu com todas as tradições. Ele recebeu o conhecimento da tradição indígena, mas não guardou para si ou para o seu discípulo. Permitiu que o segredo fosse divulgado. “O segredo era uma rotina como qualquer outra”, diz ele.
Por enquanto, a revelação está muito bem disfarçada de best-seller. O interessante é notar que a coisa mais explosiva que existe atualmente nas livrarias, que são estes quatro livros, esteja tão relegada pela cultura oficial. Isso prova a importância da revelação, pois só as coisas verdadeiramente novas são desprezadas ou perseguidas. Felizmente, os livros de Castaneda são apenas desprezados, e não poderia ser de outra forma, pois o sistema teme cair no ridículo se queimar livros que ensinam a gente a voar.
Fatalmente surgirão os próximos livros de Castaneda. Pois pôde-se notar que ele não está a fim de deixar seu relatório incompleto (um guerreiro cumpre sua tarefa até o fim e depois se retira sem remorsos nem dúvidas). Cada livro de Castaneda elucida todas as perguntas do anterior crescendo sempre em concentração de informações. ) Novas perguntas surgem a partir do fim do último livro, quando Castaneda e seu companheiro Pablito se atiram do Penhasco pois estará faltando o relatório da sua viagem ao nagual e a maneira como um civilizado vive como um guerreiro. Talvez este novo livro (ou novos livros) surjam daqui a dez anos ou mais, quando Castaneda tiver coisas realmente novas para contar.
Deve-se destacar a importância que essa revelação terá na vida e no pensamento da humanidade, principalmente das gerações mais novas, que já tiveram uma espécie de iniciação coletiva com o rock, as drogas e a volta ao oriente. Essa importância crescerá nos próximos anos à medida que for aumentando a coragem das gerações de 1950-60 em levar a sua revolução até o fim. Dentro de nós é o único lugar que ainda temos.
obs: o texto acima não tem identificação de quem é o autor!
Erico, muito bom o seu ensaio!!!
Carlos Castañeda é um autor que causa muita desconfiança por parte de pessoas que se assustam com qualquer coisa que possa abalar seu mundinho tão seguro, tão politicamente correto. E assim é feito com tudo aquilo que é diferente. Na verdade todos somos como Carlos, queremos nos agarrar desesperadamente á nossa razão.
Muito obrigado pelo texto sobre CC. Neste mundo só de críticas é bom saber que existe pessoas que compartilham os mesmos lugares bons. pois “Dentro de nós é o único lugar que ainda temos.”
Olá,
Li seu ensaio sobre castaneda. Confesso, que até senti saudades, de vinte anos atrás – de quando eu era, tolo, mas acho que a palavra certa era inocente e “ignorante” sobre essas coisas.
Hoje, passados muitos anos, alguns preferem continujar sendo inocentes, mas alguns são mesmo tolos – sem ofensa, apenas forma de me expressar ´- nada pessoal.
Toda a obra de Castaneda é maravilhosa não fosse um único detalhe, que a faz virar cinzas, pó; ele está falando de espiritualidade, do conhecimento, das nossas “almas”, não é apenas um simples jogo, um livro de ficção do tipo O Senhor dos Anéis que lemos, as pessoas tentaram realmente por em prática e acreditar ser verdade o que ele ensinou e escreveu.
Mas, de nada adianta tentar falar sobre sua obra, ela é o que é. Então vamos aos fatos, não fosse eles, jamais saberíamos a verdade por trás dos bastidores. Sei que é duro, mas vamos lá:
1) Castaneda criou uma seita aonde tudo girava em torno dele. Sexo desregado, dinheiro, muita farsa e pessoas loucas.
2) Ele destruiu famílias inteiras com seus conhecimentos absurdos. Muitas mulheres abandonaram seus casamentos e foram acollhidas por ele, que as tinha como amantes exporádicas para saciar sua piração. Elas mulheres passaram a viver como zumbis a espera das migalhas que Castaneda oferecia.
3) Logo após a morte do falso guru, as cinco principais discípulas dele ou bruxas – cujas quais eram detentoras de um conhecimento grandioso, cometeram sucídio demonstrando que a única coisa que elas realmente tinhham, era uma covardia diante da realidade do mundo.
A polícia americana identificou o corpo da Muni de um conjunto de restos humanos encontrados em uma área remota do Parque Nacional Death Valley.
4) Castaneda seduziu uma criança de sete anos para ser sua amante, e anos mais tarde era se transformou em uma de suas principais discípulas. Viaia segurando bonecas e indo para a Disneylandia, aonde dizia ser jum lugar mágico. Na verdade, tendo sua infância roubada e obrigada a prostituir-se com Castaneda, quando adulta tinha uma mente destruída e seu inconsciente lançava para fora fazendo-a se comportar como uma velha, criança.
5) Castaneda jamais estudou na UCLa, a diretoria de klá deu dezenas de entrevistas negando isso. Foi tudo uma farsa. Mas ser antropólogo era chiqeu na época.
6) Viajo pela américa latina a dezenas de anos, conheço dos inkas, aos uros do lato titikaka e jamais existiram os tais conhecimentos perdiso yaquis ou dos toltecas. Eles nem tinham escrita, para começo de conversa. É tudo mistura de conhecimentos loucos orientais com pitadas de esoterismko doido.
7) Uma das amantes de Castaneda, a filha do famoso escritor aericanio Wallace, a Amy Walace, descreve colisas dignas de horro envolvendko Castaneda e suas loucas discípulas. Ele destruiu a vida dela, conta como Castaneda era amigo de se pai e traiu a amizade dele fazendo de sua filha, ainda jovem, uma de suas amantes. Ela conta isso, basta procurar em inglas suas entrevistas.
8) Também gostei de Castaneda, mas assimm como satya sai Baba, o falso deus indiano – que depois de morto acharam 12 milhões de dólares em baixo de sua cama, tem uma centena de acusações de pedofilia e a BBC de Londres produziu um documentário devastador sobre ele, agente acorda e percebe que tudo nao passou de um sonho, ou um grande pesadelo.
Continuo aprendendo muito com os indios, no xingu, no Peru, na Bolívia, etc, mas a sabedoria verdadeira dos anciãos, não loucuras de mentes perturbadas.
Muita luz e paz, apenas um buscador que um dia passou por aqui.